segunda-feira, 11 de abril de 2011

Eu sou a favor, e você?

Meu primeiro tema poderia ser algo como "A corrupção", "A fome", O aborto", mas não se preocupe, não pretendo chegar nesse nível...
Mentirinha!
Pretendo... e vou! Quero falar sobre aborto, num tom adolescente porque sou, mas bem maduro, porque também sou (hihi, dizem!).
Como eu poderia abordar (não abortar, ok?) esse assunto sem soar debate da aula de sociologia no 2º ano do ensino médio? Ou melhor, como eu poderia falar sobre isso sem ser uma "sanguefria"? Olha, sinceramente eu acho que você está pouco se importando em como abordarei isso, e sim quando, porque estou enrolando você.

Sei que o primeiro direito humano é viver, ou seja, pra isso acontecer tem que se nascer, e se você (não você, mas alguém que aborta) interfere, ou seja, faz com que alguém não nasça, ora, você está ferindo um direito humano, e isso é crime.
Você, que é um critão-contra-o-aborto virá talvez cheio de teorias e mais teorias morais e religiosas... Sim, eu compreendo sua posição, mas quero, antes de mais nada, que você saiba que o Brasil é o país mais cristão do mundo (sim, assustem!) e vejam, que controvérsia, o campeão mundial do aborto. (Isso não soa um tanto hipócrita pra você?).
Acho que os principais defensores da não-legalização do aborto são mulheres que nunca precisaram dele e homens (ah, sim, esses não podiam faltar) que são irredutivelmentes contra até que suas namoradas engravidem. Então eles cortam relações com suas ideologias irracionais e convencem a eles mesmos de que "seu corpo, sua escolha" é a frase mais certa de todas as frases.
É certo que há todo um desequilíbrio trazido pelo aborto - nunca o fiz, apenas suponho, ou melhor, afirmo, por acreditar (sou cristã, né gente?!) - seja ele físico, mental ou espiritual. Poderia eu citar inúmeras teorias científicas e religiosas contra o aborto. Tenho sim, noção de quão terrível é essa ação. Mas estou defendendo o aborto, e já que não tenho intenção de te convencer, tenho que no mínimo não me contradizer.
A situação brasileira hoje é que o aborto está proibido a menos que haja risco de vida para a mãe. Eu discordo pelo fato de considerar a gravidez uma coisa muito grande para se resumir em uma lei tão concreta, esperando que nunca haja casos abstratos (ainda que o direito não lide com casos abstratos). O mais importante de tudo é que não defendo o aborto com a intenção de fazê-lo, e sim como a consciência de que se algum dia eu precisar recorrer a esse método (não, você NÃO sabe do dia de amanhã), não estarei me contradizendo e ferindo a minha consciência, mais do que meu corpo e meu espírito.


Meu parêntese: Escolhi esse tema pra vocês terem noção do quanto podemos discutir. Prometo que abordarei coisas talvez mais interessantes, eu posso até falar de Big Brother se vocês quiserem. Mas quero um retorno, quero sugestões, opiniões... Vamos ser sócios?

Beijos, brioches e bisnagas,
Samira.

3 comentários:

  1. Antes de qualquer ligação religiosa, política ou seja lá o que eu sou HUMANA.
    E sou do tipo totalmente humana, que me preocupo com as pessoas a minha volta ou as que estão a milhões de quilometros de mim.
    Creio que pra falar de aborto temos que lembrar de outros fatos, a falta de qualidade na saúde pública, a falta de prevenção e muitos outros que levam alguém ao aborto.
    Sou contra, pois creio que existem outros fins pra solucionar uma gravidez indesejada.
    Mas, sempre há casos específicos, e tudo deve ser BEM analisado.
    Enfim, creio que há muito o que discutir sobre e é mais do que falar que se e´contra ou a favor.

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  2. Adorei o tema, muito bom
    Mas ... Pra mim o aborto não deveria existir, em qualquer situação, pois é uma criança que não sabe de nada que estara sendo morta, aquela que seria totalmente dependente de nós estara sendo morta por nós mesmas
    Também estou no segundo ano do ensino medio e esse tema é bem abordado nas aulas de sociologia e a maioria diz que deveria ser legalizado ( na minha sala), eu sou uma das poucas lá que acho que não, pois temos que ter amor ao proximo como a nós mesmos ...

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  3. Eu sou a favor. Por um motivo racional mesmo. E é complicado, pois esses temas sempre caem em discussões religiosas e tudo mais. Complicado também a gente definir o que é realmente vida. Pode ser que depois que o feto está completamente formado a gente possa chamá-lo de ser vivo... Mas antes disso ele não passa de um monte de células se unindo e tudo mais...
    Sou a favor por um motivo social mesmo. Uma criança indesejada tem uma possibilidade gigantesca de ser infeliz nesse mundo. Mas tem que ver cada situação também antes de se pensar em aborto. Em alguns casos não seria recomendado mesmo... Não pode ser algo como espremer uma espinha... Tem que ser estudado, pensado a respeito. Bem, eu não sei se teria coragem de fazer um. Só que o que defendo aqui é o direito de escolha. Sou muito, muito liberal. Acho que quanto mais liberdade para as pessoas, melhor ficará o mundo. Você tem que ter o direito de escolher como deve ser seu futuro. Tem de haver o direito de escolher sua opção sexual, escolher abortar ou não, usar drogas ou não, e por aí vai. Senão nunca seremos totalmente livres.

    Beijos!

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