Boa nooooooite bloggeros!!! Tudo bom com vocês? Comigo está tudo ótimo! Bom, na quinta a noite eu estava conversando com o Leandro (O Lê) depois do episódio de Grey’s Anatomy – para quem não sabe esse foi o episódio do casamento de Calzona (Callie & Arizona) – e também nesse mesmo dia a união homoafetiva foi aceita no Brasil, então, decidi abordar esse assunto, porém citando séries que é a minha paixão, como vocês já sabem. Eu pretendia começar falando do casamento de Calzona, mas decidi deixar o melhor para o final. (PS.: O post contém alguns spoilers de algumas séries.)
Primeiro de tudo, quero dizer que fiquei muito feliz com essa aprovação da união homoafetiva afinal, é um passo que o Brasil acaba de dar contra o preconceito e um passo para o futuro também. Vi muitas comentários negativos sobre isso e alguns até absurdos. Tinham pessoas dizendo que isso era coisa do carinha lá debaixo – prefiro não citar o nome. Então, quer dizer que amar alguém, querer passar a sua vida comprometido com esse alguém e ter direitos como qualquer outra pessoa é errado?! E espalhar ódio e preconceito, não é?! Está na hora de certas pessoas analisarem melhor seus conceitos.
Enfim, quero começar citando Glee – a série queridinha de muitos – que sempre traz um tema polêmico e uma lição de vida (por isso que gosto de certos episódios da série, porque em outros eles pecam legal), enfim, não vou começar a criticar Glee agora. O que eu quero dizer é que essa série traz uma imagem positiva sobre o homossexualismo.
Na primeira temporada, o Kurt revela a sua sexualidade para o pai que o apoia – acho que todos os pais de filhos homossexuais deveriam assistir Glee e principalmente esses episódios em que eles focam nisso –, eu adoro a atitude do Burt e a forma como ele defende o filho sempre. Na segunda temporada, o Kurt começa a encarar problemas de bullying maiores quando o Kairofsky aparece e começa a persegui-lo; e o que a gente descobre depois? Que ele também é gay – o que muitas vezes acontece na vida real com pessoas que são, mas com o medo de aceitar isso começa a perseguir quem é e se aceita –, porém ele não é o único que ainda não é assumido, mas vou entrar neste assunto depois. Surgi o Blaine que mais tarde nessa temporada se tornou o namorado do Kurt. Simplesmente amo os dois, são fofos demais juntos e você percebe que há amor, carinho e amizade entre eles, e esses são os elementos essenciais em um relacionamento. O que há de errado em amar alguém? Nada.
No episódio 15 da segunda temporada a personagem da Gwyneth Paltrow, a professora substituta Holly Holiday, diz uma das frases que marcaram o seriado e que eu vou levar comigo a minha vida inteira, ela diz o seguinte:
“It’s not about who you’re attracted to. It’s about who you fall in love with.” (Não é sobre por quem você está atraído. É sobre por quem você se apaixona.)
Ela diz isso para a Santana e a Brittany já que a Santana tem dificuldades em aceitar seus sentimentos pela loura. Tanto que mais tarde nós vemos isso e espero sinceramente que ao longo do final dessa temporada ela consiga se aceitar completamente. Me emocionei demais com ela cantando para a Brittany no episódio 19.
É seriado, mas é baseado na realidade. Então, volto a lhes perguntar o que tem de errado em amar alguém e querer ser feliz com essa pessoa? Nada.
Agora eu mudo para uma série mais polêmica chamada The L Word, mas vou falar especificamente de um casal que é Tibette *---* O meu shipper de vida inteira. Amo demais essas duas.
Durante a primeira temporada elas passam por altos e baixos. Na segunda se separam e depois voltam um pouco antes do nascimento da filha delas. E na terceira voltam a se separar e passam a quarta separadas =’( E é só na quinta que as coisas começam a fluir, por assim dizer. Mas podemos ver que elas precisavam da separação, precisavam aprender mais sobre diversas coisas, precisavam crescer para aprenderem a lidar uma com a outra e também podemos ver que apesar de não estarem juntas o amor permanece lá nem que seja oculto, mas isso não poderia permanecer assim para sempre e elas finalmente voltam (TODOSCOMEMORA \õ/).
Eu amo Tibette, amo a forma como as duas se amam, os olhares, a forma como se entendem, as duas são opostas, mas ao mesmo tempo semelhantes. São almas gêmeas. E assim como em séries, existem casais reais por aí que também são e eu cito um que acredito ser, Ellen DeGeneres e a Portia *----* Já viram como as duas se olham? É lindo! É amor!!! E o amor é simplesmente lindo. Não consigo entender como existem pessoas que ainda dizem que Deus não permite isso e que isso é coisa do carinha lá de baixo.
Primeiro, você um simples mortal cheio de erros não pode ficar falando por Ele como se fosse seu mensageiro ou algo. Segundo, para de usar o nome de Deus para justificar seus preconceitos e para de usar o nome Dele em vão. Terceiro, tenho certeza que o meu Deus é a favor do amor, do respeito e da compaixão. Que eu saiba Jesus disse: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei.” Ele especificou quem você deve amar ou pelo menos respeitar?! Err...pensei. Quarto, você fica espalhando ódio por aí, sendo a favor do preconceito – sem contar aqueles que tem a cara de pau de virar depois e dizer que não é preconceituoso que aceita as diferenças –, negando o direito a alguém que trabalha, estuda, vive de forma correta e não desrespeita as leis. Todos somos iguais perante a lei. Independente da cor, da opção sexual, da etnia, de ser homem ou mulher, da classe social.
Enfim, deixa eu pular para outra série antes de postar uma parte do discurso da Sandra Bullock no Oscar aqui.
Quero passar rapidinho por Pretty Little Liars só para falar da personagem da Shay Mitchell, a Emily Fields, que podemos ver logo no começo da primeira temporada lidando com a sua aceitação. Ela se descobre atraída por outra garota, mas não consegue aceitar isso e vive um tanto quanto chateada devido a essa situação – a sociedade tem que começar a perceber isso também, a partir do momento em que ela nega os direitos a uma pessoa por ela ser diferente, ela também contribui para a infelicidade dessa pessoa e para a dificuldade em essa pessoa se aceitar; temos que começar a reavaliar nossas atitudes – e é somente quando ela finalmente aceita isso que ela consegue ser feliz.
Quando ela assume para os pais, sua mãe não aceita bem a situação e começa a tratar a filha diferente; será que esses pais não conseguem ver o quão infeliz eles fazem seus filhos devido aos seus preconceitos? O importante é seu filho continuar sendo quem você o criou para ser independente de quem ele ama. Porém mais tarde a mãe dela defende-a de um dos pais que a ‘humilhou’ na frente de todos devido ao seu preconceito, nesse momento eu até comecei a gostar dela.
Um dos maiores absurdos que as pessoas dizem sobre a homossexualidade é dizer que a pessoa que é gay escolheu isso. Que é uma opção... Uma pergunta: Vocês realmente acham que uma pessoa podendo escolher ser aceito pela população, poder andar com seu namorado (a) sem que as pessoas a olhem com aquele olhar de descaso, e sem contar outras coisas, ela optaria pelo o oposto? Ela optaria por sofrer preconceitos e não ser aceito pela sociedade em que vive? Vocês realmente acham isso? Reflitam.
E agora, uma parte do discurso da maravilhosa, Sandra Bullock.
“There's no race, no religion, no class system, no color, nothing, no sexual orientation that makes us better than anyone else. We are all deserving of love.” (Não existe raça, cor, divisão social, nada, nem orientação sexual que nos faça melhor do que os demais. Somos todos merecedores de amor.)
Pois é, ninguém é melhor que ninguém. Somos todos iguais, todos merecemos respeito, amor, igualdade perante a lei, família e diversas outras coisas. No final de tudo, todos vamos morrer e comer minhoca mesmo (nosso corpo material somente, claro).
Uma das piores coisas é a hipocrisia do ser humano. Ele sofre preconceito e ainda assim o comete, e depois ele ainda reclama que sofre tal. Amigo, está tão difícil de você perceber que você mesmo está colaborando para que isso nunca acabe? E sem contar aquelas pessoas que depois dizem: Ah Coitado! Se suicidou, porque sofria preconceito, é um absurdo isso; daqui há alguns minutos você verá essa pessoa andando na rua e vendo um gay, negro, nordestino, uma pessoa de classe baixa e fazendo descaso de tal. Indiretamente você está contribuindo para esse tipo de violência. Repito: O ser humano precisa reavaliar suas atitudes.
Eis que chego a melhor parte que é o episódio dessa semana de Grey’s Anatomy que foi o White Wedding.
Na quinta feira dia 5 de maio, foi aprovado no Brasil a união homoafetiva e nesse mesmo dia foi transmitido pela primeira vez em horário nobre um casamento gay numa série. Esse casamento, como todos sabem, foi o casamento de Callie & Arizona e para mim foi perfeito. Sem contar que foi em um país que ainda não reconhece o casamento gay. E que mensagem positiva a Shonda Rhimes passou com esse episódio. Uma das falas mais emocionantes para mim é a da Miranda Bailey para a Callie, quando essa se encontra chateada depois das coisas que a mãe lhe disse.
CALLIE: My mom’s right. It’s a joke. It’s not a wedding. It’s not happening.
BAILEY: Callie.
CALLIE: I can’t have a priest. I no longer have a minister. I’m not being given away by my dad. The wedding isn’t legal. What’s the point? This isn’t a wedding. It’s not even in a church. It’s nothing! It’s a couple of girls playing dress up. It’s not real. It’s not real.
BAILEY: Okay, first of all, you do not need the law, or a priest, or your mother to make your wedding real. And the church.. the church can be anywhere you want it to be.. in a field.. on a mountain.. right here in this room.. anywhere. Because where do you think God is? Come on, he’s in you. He’s in me. Just right here in the middle of us. Now your church just hasn’t caught up to God yet. Your mother.. she hasn’t caught up to God yet. By the way, she may not ever catch up, but it’s okay. It’s okay. If you are willing to stand up in front of your friends and family and God and commit yourself to another human being.. to give of yourself.. and that kind of partnership.. for better or worse.. in sickness and health. Honey, that is a marriage. That is real. And that’s all that matters.
BAILEY: Callie.
CALLIE: I can’t have a priest. I no longer have a minister. I’m not being given away by my dad. The wedding isn’t legal. What’s the point? This isn’t a wedding. It’s not even in a church. It’s nothing! It’s a couple of girls playing dress up. It’s not real. It’s not real.
BAILEY: Okay, first of all, you do not need the law, or a priest, or your mother to make your wedding real. And the church.. the church can be anywhere you want it to be.. in a field.. on a mountain.. right here in this room.. anywhere. Because where do you think God is? Come on, he’s in you. He’s in me. Just right here in the middle of us. Now your church just hasn’t caught up to God yet. Your mother.. she hasn’t caught up to God yet. By the way, she may not ever catch up, but it’s okay. It’s okay. If you are willing to stand up in front of your friends and family and God and commit yourself to another human being.. to give of yourself.. and that kind of partnership.. for better or worse.. in sickness and health. Honey, that is a marriage. That is real. And that’s all that matters.
E esse foi um dos melhores diálogos que eu já vi em Grey’s Anatomy.
Um casamento é sobre duas pessoas que se amam!
Não posso acreditar que o Deus em que eu acredito prefira ver dois homens segurando armas a ver dois homens de frente para um altar, de mãos dadas se comprometendo um com o outro. Milhares de pessoas morrendo no mundo, catástrofes acontecendo a todo o momento e o homem está mais preocupado em julgar uma pessoa que está apenas tentar ser ela mesma, ter os mesmo direitos que os outros e o mais importante de tudo, ser feliz.
Onde iremos parar se o homem continuar a agir e pensar dessa forma? Ser de uma etnia diferente, de uma classe social mais baixa, ser negro, branco, pardo, ruivo, gay, lésbica, transexual ou bissexual, não é nenhuma doença. As vezes eu acho que o ser humano tem medo de pegar isso e por isso age dessa forma, porque eu não consigo achar explicações mais.
Eu sinceramente espero que as pessoas comecem a mudar esses sentimentos de ódio contra o próximo por ele ser ‘diferente’ dos padrões que a sociedade exige, porque se não, vamos viver em constante guerra. Enquanto o homem não aceitar as diferenças, a guerra não deixará de existir.
Espero que com esse meu post eu tenha contribuído de certa forma contra o preconceito e vamos comemorar a aceitação da união homoafetiva no Brasil ;)
NOH8, eu apoio!
Vou ficando por aqui, continuem assistindo Grey’s Anatomy e torcendo por Calzona assim como pelos casais de outras séries.
That’s all folks ;*
@ariane_pacheco
ResponderExcluirNooooooooossa....amei demais esse post =)
super realista....
Éééé, xô preconceito...
As pessoas só precisam ser felizes e serem elas mesmas .... =)
Faltou citar o casal LINDO de Brother & Sisters, Scott e Kevin
ResponderExcluirachei uma grande evolução a aprovação da união homoafetiva e apoio totalmente
É pra se comemorar muito! Um passo muito importante para a valorização dos direitos humanos, pq não é nada além disso, do direito à uma vida normal, como cidadão normal...
ResponderExcluirParabéns, eu gostei muito do post, mas acho que também deveria citar Six feet under (A sete palmos), em que tinha um casal gay masc. e q já tratava desse assunto, além da adoção por casais homo. No mais, está perfeito mesmo, parabéns mais uma vez!
Gostei muito Karol, com certeza um dia esse preconceito vai acabar.
ResponderExcluirAmei amiga, tá liindo!
ResponderExcluirBrittana e Calzona <3
É acompanho isto em Glee, rs
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